Thursday, March 30, 2006

Sono






Escrever sobre o sono é algo que me incomoda.
Quero dormir e não acordar exausto, para assim não ser um mero servo das horas mortas.

Wednesday, March 29, 2006

O sentir surrealista

Sonhos agitados permanecem intactos, qual bússula de limitações agrestes, que vivem e morrem, para dar lugar à metamorfose de hesitações conscientes.
Parte de mim lamenta e teme a sua presença, envolvente, perante o compromisso da verdade. Os seus tentáculos abraçam-me, e o aquário de ilusões é-me anunciado pelas aves da meia noite, criaturas sábias e vazias de compaixão, que se apoderam dos meus medos, e se alimentam da solidão... a minha.
Sentimento amargo, que insiste em tornar real absurdos fantasiados pela angústia da insegurança. Esse outro reflexo negro do espelho.


Fracções de segundo e impulsos violentos ganham terreno, sob a forma de fracas figuras e monstros bizarros, em mim, em toda a sua glória, impiedosos e lascivos, oportunistas e frios.
A conclusão vem depois, com a bonança e o arrependimento, e até esse tem um nome... o dia seguinte .

Monday, March 27, 2006

Rascunho na Pele

Tenho asas que me deixam voar
e pernas que me atam ao chão
como as rédeas soltas num cavalo selvagem.

Tenho um travão incutido
num imenso prado breve ...
Gosto desse bloqueio?

Prefiro a liberdade dos teus braços,
da verdade dos teus olhos quando me dizem "Amo-te".
Dorme bem meu espelho e acorda comigo.


De volta...
Reconheço-me nas passagens do tempo e desejo voltar à escrita, este refúgio onde me sento e descanso. Onde puxo pelo ar travado de um cigarro, onde escolho o deprimente e trágico som das mais profundas notas saidas de composições de guitarras, onde me revelo uma vez mais.
Por sentir, deixo-vos, um Rascunho na Pele.