Tuesday, June 27, 2006

Água, o eterno elemento.

Estas são as águas do meu regresso.
As mesmas que me limpam do pensamento.
Que me correm nas palavras,
Que me matam a sede,
Que me refrescam a alma,
Que me queima a fúria,
Que me revela a calma,
Que solta o vento,
Que cala o tempo,
Que impede a raiva e me deixa lento.

Estas são as águas do meu regresso.
Leves e frias.

Imortais fragmentos lunares...

Friday, June 16, 2006

Máquina de Carne

Ele não tinha nada a perder, mais um todo de conversas frias.
A doença da chuva, entre as rodas dentadas, impediam-no de ver o fim.
De volta ao ponto de partida, pedaços de um vida perdida,
Gritavam-lhe para o mundo onde o monstro dormia.

Jogo sujo de ilusões, sem retorno ou tranformações,
Questionam a roda que o fazia mover.
Ao acordar de manhã, depara-se com o mercado negro sentimental,
O mesmo que agora é capa de jornal.

As vozes em si,
O medo constante,
A esquizofrenia,
O bruto em diamante.
Os bichos que passam,
No seu buraco escondido,
As unhas e o sangue,
O sonho perdido.

Larga a vida e vê o reflexo na T.V,
Liga àquilo que toda a gente vê.
Perdeste o ritmo a divagar.
Já não há chama no teu olhar.

Wednesday, June 14, 2006

InVerso

Lua em Sintra,
Tripla maré,
Noite em branco,
Pedaços de fé.
Eles Vagueiam em sono lento,
Sente o corpo tremer por dentro.


Horas e ciclos, e dias, estações.
Ventos e brumas, a luz, os trovões.


Entrei com eles no fogo.
É tarde de mais para ti, que ficaste desse lado.
Apanha-me... se conseguires.